quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A violência da crise e a proliferação das armas

Agenda



O aumento dos crimes contra as pessoas é um dos factos que serve como pano de fundo à Conferência de Outono do Observatório sobre a Produção, Comércio e Proliferação das Armas Ligeiras, dedicada ao tema “A violência da crise e a proliferação das armas”. A iniciativa decorre este sábado, 12 de Outubro, entre as 9h30 e as 18h00, no Fórum Picoas, em Lisboa. A entrada é livre.
Entre Abril e Junho deste ano, o Observatório concluiu, através da análise de notícias dos media, que os crimes contra pessoas representaram 22 por cento do total de crimes praticados no país. No trimestre anterior, eles tinham sido apenas por 16 por cento.
No contexto que Portugal atravessa, o Observatório nota que as consequências da crise se fazem sentir com violência na vida de muitos cidadãos. “Diversas têm sido as reacções da sociedade e as manifestações de cidadãos inconformados com as medidas que vão sendo impostas e o crescendo de dificuldades que tendem a apagar do seu horizonte a esperança”, diz o Observatório, na apresentação da iniciativa. “Se é certo que os protestos têm sido em geral comedidos e as manifestações decorrido de forma ordeira, há que admitir que essa ordem poderá ser ultrapassada com o prolongamento da crise e das duras condições que pesam sobre as pessoas, até ao ponto de se assistir a violência na rua e a comportamentos de grande agressividade.”
 Estas são razões para que o assunto se debata, diz ainda a convocatória da iniciativa, com o objectivo de debelar essa violência. “É necessário perceber o que poderá desencadear respostas violentas que levem ao recurso às armas que proliferam na sociedade portuguesa, de que modo esta se foi armando, de forma legal e ilegal, e como esta potencialidade de violência se poderá reduzir a dimensões minimamente controláveis.”
No debate, cujo programa completo pode ser consultado aquiparticipam, entre outros, Isabel Guerra, Manuel Carvalho da Silva, os jornalistas Jorge Wemans e Helena Garrido, responsáveis da PJ e da PSP, bem como José Manuel Pureza, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que procurará apontar formas concretas para prosseguir a acção.

O debate de sábado pode ser acompanhado em directo via internet, através do endereço http://directo.telecom.pt. O Observatório das Armas espera publicar também, dentro de semanas, um conjunto de reflexões e propostas de acção.

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