domingo, 20 de abril de 2014

Páscoa, ressurreição e quebra dos medos

Crónicas e entrevista

A Páscoa é o mote para as diferentes crónicas deste fim-de-semana. Hoje, no Público, frei Bento fala sobre A Ressurreição da Igreja:

Chamo aqui ressurreição da Igreja ao resultado das atitudes, dos gestos, das tomadas de posição e iniciativas que romperam, ao longo de 2.000 anos, com situações de decadência, de escândalos ou de marasmo e colocaram, de novo, as comunidades cristãs sob o impulso do Pentecostes. É um processo nunca acabado e, sob o ponto de vista local ou regional, estará sempre ameaçado pelo desleixo e pela usura do tempo. A história regista grandes rupturas e escandalosas divisões que continuam a marcar o seu tecido visível. E não só. Como esquecer o apagamento quase total, em diversas regiões, de numerosas comunidades cristãs, outrora florescentes?
(texto integral para ler aqui)


Sábado, no DN, Anselmo Borges, escrevia sobre A jornada de Sábado:

Sobre este tema escreveu G. Steiner este texto poderoso e intenso: "Sabemos que a Sexta-Feira Santa do cristianismo é a da Cruz. Mas o não cristão, o ateu, também a conhece. Significa que ele conhece a injustiça, o sofrimento interminável, a devastação, o brutal enigma do fim, (...) Também conhecemos o Domingo. Para o cristão, esse dia é um sinal, simultaneamente garantido e precário, de uma justiça e de um amor que venceram a morte. (...) Mas a nossa longa jornada é a de Sábado. Entre o sofrimento, a solidão e o indizível desperdício, por um lado, e o sonho da libertação e do renascimento por outro.
(texto integral aqui)


No seu comentário à liturgia dominical, Vítor Gonçalves escrevia na Voz da Verdade, sob o título Não Temais!:

Que mundo novo nos pede para construir? Tudo sabe à frescura do princípio.
– É um novo princípio que nos põe no coração e nas mãos. 
Corramos! É preciso dizer que só o amor vence todas as mortes! 
E correram. E continuamos a sua corrida! Nos passos ardentes de cada um! 
(texto integral aqui)


Sexta-feira, no Correio da Manhã, Fernando Calado Rodrigues comentava os gestos pascais do Papa Francisco, com o título Pobres no lava-pés: 


São gestos simbólicos, que ajudam a despertar consciências, mas que nenhum efeito terão se não levarem os cristãos a empenharem-se na denúncia e no combate àquelas que são as causas da pobreza e marginalização. Essas “não são fruto do acaso nem uma inevitabilidade”, denunciou um manifesto divulgado recentemente, mas “decorrem do modo como a sociedade e a economia estão organizadas”. 

 (texto integral aqui)

No Económico, há entretanto uma entrevista de frei Bento Domingues, com memórias pessoais e também com referências à actualidade; o título da entrevista é Não gosto que me metam medo, luto contra isso:

Até saiu há pouco tempo um manifesto que alguns dizem que é inoportuno. O que não é oportuno é a vida que os portugueses estão a ter. Vamos pagar a dívida daqui a 50 anos. E até lá como é a vida das pessoas? Houve uma política de meter medo. E não gosto que me metam medo, porque andei sempre a lutar contra o medo desde criança. O lobo da minha infância, com que nos andavam sempre a meter medo, nunca apareceu para comer ninguém! Sei que há problemas económicos e financeiros, mas então que se debatam e discutam com a Europa.
(entrevista para ler aqui na íntegra)


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