domingo, 23 de novembro de 2014

O cuidado e a radicalidade, segundo Jesus (e como missão do clero e dos crentes)

Crónicas

No seu comentário aos textos da liturgia católica deste domingo – festa litúrgica de Cristo-Rei –, Vítor Gonçalves escreve, na Voz da Verdade, sobre A grande surpresa:

Jesus fala de comida, de roupa, de um teto, de doença e prisão. Concretiza a proximidade em gestos simples, directos, sem aprovações ou burocracias de estruturas: dar de comer, de beber, vestir, acolher, visitar, cuidar. Cuidar dos que sofrem é a razão da sua vinda a este mundo. Como fariam sentido tantos milagres de Jesus senão pelo desejo de Deus em curar, perdoar, libertar, salvar? A vida como Deus a quer implica o esforço em libertar as pessoas do sofrimento. Em procurar e arrancar as raízes de tudo o que prolonga o sofrimento no tempo, principalmente o sofrimento que a indiferença, a ganância, a preguiça, a violência geram. 
(texto integral aqui)

No Público, frei Bento Domingues tomava também a parábola do Juízo Final para perguntar Que rei é este?:

É precisamente destes que trata a terceira e a mais solene das parábolas: o Senhor da História universal chama a contas o mundo inteiro. O que divide ou separa as pessoas e as julga é a atitude concreta que tiveram ou têm em relação àqueles que nada podem fazer por si mesmos.
A radicalidade religiosa da parábola e o último teste do sentido da vida, presente no desenrolar do mundo, espanta tanto os que procedem bem como os que procedem mal. Na hora da sentença, o juiz desta parábola identifica-se com aqueles que foram socorridos ou esquecidos: tive fome e deste-me de comer (ou não), estive doente e foste visitar-me (ou não)…
(texto integral aqui)


No Correio da Manhã de sexta-feira, Fernando Calado Rodrigues tomava o caso d’O padre de Canelas, na diocese do Porto, para reflectir sobre o papel do clero:

Nós, os padres, podemos fazer muito mal à Igreja e por vezes não resistimos à tentação de o fazer. É isso que acontece quando perdemos o sentido da nossa missão e nos deixamos levar pelas nossas conveniências. Nessas alturas instrumentalizamos o ministério, e até as pessoas, para conseguir os nossos objetivos.
(texto integral aqui)

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